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O Passo a Passo Para Implementar a Coleta Seletiva Em Condomínios

A gestão dos resíduos começa em casa e te ajuda com um guia básico sobre como implantar a coleta seletiva no seu condomínio

coleta seletiva em condomínios é a coleta dos resíduos depois da separação prévia pelos apartamentos de acordo com o tipo: recicláveis (metal, papel, papelão, plástico, caixa de leite e outros) ou rejeitos (não recicláveis). Ela pode ocorrer por coleta porta a porta (serviço público ou privado) ou por ponto de entrega voluntária (PEVs).

Apesar dos conceitos de reciclagem e coleta seletiva não serem novidade para boa parte da população, eles ainda encontram dificuldade para se estabelecerem na prática. Mesmo que muita gente não tenha o hábito de separar os diferentes tipos de lixo em suas próprias residências, muitos já usam o serviço em praças de alimentação e em alguns prédios comerciais, mas a separação dos materiais é feita por meio de lixeiras diferenciadas por cor, que indicam quais os materiais recicláveis devem ser separados do lixo comum na hora do descarte (saiba mais na matéria “Você sabe a diferença entre resíduo e rejeito?”).

Alguns prédios residenciais já tornaram a coleta seletiva um padrão, mas muitos condomínios ainda buscam colocar em prática esse sistema e encontram dificuldades para saber como e onde começar.

Para ajudar a resolver isso, o Portal disponibiliza abaixo um guia básico sobre como iniciar a coleta seletiva em condomínios:

  1. Espaço e conscientização
    1. Definir quais materiais serão coletados
    2. Conscientização da importância do descarte correto
  2. Local de armazenamento
    1. Cuidado com papéis e plásticos
  3. Treinamento para os responsáveis
  4. Retirar periodicamente os materiais

Espaço e conscientização nos condomínios

Antes de tudo, é necessário lembrar que só se pode implantar a reciclagem caso haja espaço e condições adequadas. Definir quais materiais serão coletados e orientar os funcionários a não misturar os sacos de diferentes tipos de resíduos são as primeiras medidas. Em seguida, os moradores e funcionários devem ser conscientizados da importância do descarte correto, pois algumas pessoas têm pouco interesse ou nenhuma informação sobre o assunto.

Durante todo o processo é importante manter os moradores informados sobre os passos que estão sendo realizados, as mudanças que serão efetuadas, os resultados do projeto e sua manutenção.

Na seção Guia da Reciclagem você pode se embasar para promover uma campanha de conscientização. Matérias sobre o que é lixo, quanto tempo ele demora para se decompor, os motivos para se reciclar e como ser consciente no consumo fazem parte do guia.

Para a continuidade do projeto, é importante que os condôminos percebam os resultados e se sintam incentivados a realizarem a coleta seletiva. Por isso, é ideal fornecer dados de monitoramento por meio do contato de destinação dos materiais e análise de quantidade e qualidade de materiais recicláveis gerados pelo condomínio.

Três passos antes da coleta seletiva

A Associação Brasileira dos Condomínios (Abracond) aponta três importantes questões a serem observadas antes de iniciar a coleta seletiva:

1. Local de armazenamento

Verificar a quantidade de materiais gerados por seu condomínio é uma parte essencial para o planejamento. Após essa avaliação e a escolha do espaço para armazenamento e fluxo de descarte pelos moradores, será preciso definir quantos coletores serão colocados e quais serão os modelo, realizar orçamentos para a compra ou pensar em realocar coletores que o condomínio já possui. É necessário que o ambiente esteja sempre limpo e fechado para evitar o mau cheiro e a entrada de ratos, baratas, mosquitos e outros animais que possam contribuir para o surgimento de doenças. Uma solução usada por alguns prédios é o uso de contêineres de plástico, equipamento mais fácil de gerir. A norma dos bombeiros proíbe a disposição de qualquer objeto na passagem das escadas. Desse modo, coletores no hall de serviço de cada andar são inadequados. O mais indicado para a adequada disposição da coleta seletiva é colocar os contêineres próximos aos elevadores de serviço, ou realocá-los para o subsolo e nas proximidades da garagem.

2. Cuidado com papéis e plásticos

É preciso tomar muito cuidado com papéis e plásticos, pois são materiais de alta combustão e que podem causar incêndios. Por conta disso, as seguradoras devem ser avisadas para que haja ressarcimento compatível com o acidente ocorrido. Se não houver o contato, a empresa seguradora pode alegar omissão por parte do condomínio, gerando mais problemas para todos os envolvidos.

3. Treinamento para os responsáveis

Outra importante questão é sobre o responsável por manipular os materiais. Os profissionais de limpeza devem receber treinamento, usar os equipamentos adequados, receber pagamento por insalubridade e outras medidas para evitar ferimentos e ocorrências mais graves.

Lixeiras de coleta seletiva

Quem se responsabiliza pela coleta?

Após o cuidado com esses três pontos, a implantação da coleta pode ser iniciada quando for definido quem será o responsável por retirar periodicamente os materiais do condomínio. É necessário definir a frequência, dias da semana e horários para não acumular materiais no condomínio além da capacidade de armazenamento.

Se seu condomínio não é contemplado pela coleta seletiva da prefeitura ou esta coleta não é suficiente, uma opção é contratar uma empresa de coleta ou buscar parceria com cooperativas para retirada do material. Dependendo da quantidade de material oferecido, cooperativas podem se interessar pela coleta.

Outra saída é levar os resíduos para os Postos de Entrega Voluntária (PEVs) que variam de tamanho e pode aceitar diversos itens. Os postos de coleta e as cooperativas estão presentes em nossa seção postos de reciclagem, onde você encontra endereços e contatos dos locais mais próximos de sua casa.

Participação do serviço público na coleta

Em muitas cidades do país as prefeituras municipais, por meio de órgãos competentes, possuem serviço de coleta seletiva que atendem prédios e casas dos moradores após efetuação de contato e de requerimento.

Outros itens não incluídos na coleta

Além dos resíduos que semanalmente são descartados pelos moradores de um condomínio, existem aqueles que em algum momento não têm mais uso e precisam de um fim que não seja a calçada da rua. Para descobrir o que fazer com eles, coisas como bicicletas, colchões ou móveis, nossa seção postos de reciclagem também te auxilia a encontrar destinação. Outros resíduos especiais, como lâmpadas, pilhas e baterias, óleo, medicamentos e eletrônicos necessitam de uma destinação correta. Leia a matéria “Como implantar pontos de coleta de resíduos específicos em condomínios” e saiba mais.

Empresas especializadas em coleta

Funcionarios da empresa

Para facilitar a implantação de uma gestão consciente de resíduos, existem empresas especializadas que oferecem um planejamento específico para seu condomínio, o que poderá viabilizar a coleta seletiva em seu prédio. A relação custo/benefício acaba compensando, considerando o aumento da eficiência do processo, para além de outros benefícios.

Em São Paulo, uma empresa que atua no segmento de coleta seletiva é o Instituto Muda. Desde 2007, eles realizam o diagnóstico e o projeto para adequar a infraestrutura necessária para acondicionamento dos recicláveis. A implantação inclui palestras e treinamentos, coleta dos materiais recicláveis, relatório mensal de resíduos, além de certificado de destinação correta.

Se você se interessou pelo trabalho do Instituto Muda e deseja fazer a cotação para a gestão de seu condomínio, preencha o formulário abaixo que um representante entrará em contato com você.

Fonte: e cycle.

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Morador deverá pagar R$ 5 mil por danos morais a síndico de condomínio em Porto Alegre. Para especialista, moradores podem até ser retirados de grupos caso não se portem de maneira adequada. Um homem foi condenado a pagar R$ 5 mil ao síndico do condomínio onde mora por mandar um áudio aos vizinhos dizendo que o administrador teria ficado com o dinheiro do conjunto habitacional. O caso ocorreu em Porto Alegre e foi julgado no final de junho pelo Tribunal de Justiça (TJ). O morador enviou o áudio no grupo com vizinhos de 20 apartamentos em um aplicativo de mensagens. Segundo o TJ, o homem afirmou que o síndico estaria se apropriando de valores do condomínio. O administrador ficou sabendo do áudio, mesmo não residindo no prédio no qual viviam os outros integrantes do grupo. A desembargadora Fabiana Azevedo da Cunha Barth considerou que o envio do áudio configurou uma afronta à honra do síndico, que teve sua honestidade questionada pelo morador. “A manifestação do demandado (condômino) longe ficou de representar mero desabafo ou forma de manifestação de insatisfação com a falta de esclarecimentos pelo síndico sobre questões condominiais em comum”, disse. Para a relatora do caso, o envio do áudio não pode ser classificado como uma conduta privada e que que o réu assumiu os riscos ao encaminhar a mensagem em um grupo. Ao g1, o advogado Rodrigo Marques Cesar, que representou o síndico no processo, destacou que a disseminação de informações infundadas pode ter consequências para a reputação das pessoas envolvidas. “Esta decisão serve como um importante precedente para reforçar a necessidade de responsabilidade nas comunicações, mesmo em ambientes considerados relativamente privados, e a importância de se respeitar a dignidade e os direitos de personalidade de todos os indivíduos”, afirmou. O caso foi analisado pela 6ª Câmara Cível do TJ após julgamento em primeira instância. Os três desembargadores que integram o grupo foram unânimes em condenar o morador. Moradores podem ser retirados de grupos Para Marcio Rachkorsky, advogado especialista em condomínios e comentarista da rádio CBN do Grupo Globo, os grupos de vizinhos devem ser usados com cuidado. “O que a gente recomenda nos grupos é muita moderação, muita cautela. Falar de assuntos técnicos, falar de assuntos de interesse coletivo sem fazer juízo de valor, sem fazer nenhum tipo de acusação pessoal, nenhum tipo de ilação, nenhuma brincadeira que possa ofender os outros. Usar o grupo para que ele serve, que é para melhorar a vizinhança, para questão de transparência”, falou. Rachkorsky ainda ressaltou que as pessoas ofendidas nesses contextos têm diversas ferramentas de proteção. Moradores que não se comportam de maneira adequada podem ser retirados de grupos. “O administrador do grupo pode advertir a pessoa e depois excluir a pessoa do grupo. Mesmo ele sendo morador, se ele não se porta bem, não cumpre as etiquetas do grupo, ele pode ser excluído do grupo”, explicou Além das reparações na esfera cível, como foi no caso de Porto Alegre, ofensas em grupos de mensagens podem acabar em casos criminais, alertou o especialista. Dependendo da mensagem, o autor pode ser enquadrado em crimes como injúria, calúnia, difamação ou até cyberbullying. FONTE: G1

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