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Como edifício Martinelli foi de luxuoso hotel para prédio mal-assombrado

Um edifício de mais de 100 metros chama atenção pela arquitetura peculiar próximo ao Vale do Anhangabaú, no centro histórico de São Paulo. Com a construção iniciada em 1924, o Edifício Martinelli foi o primeiro arranha-céu da capital paulista e hoje guarda uma história repleta de mistérios. Poltergeists, elevadores que andam sozinhos, uma loira misteriosa que assombra os funcionários, e fantasmas de crimes não solucionados voltando para pedir Justiça são alguns dos relatos que cercam o projeto ousado concebido pelo italiano Giuseppe Martinelli. Em uma cidade onde os edifícios dificilmente ultrapassavam os cinco andares, Martinelli ficou obcecado com a ideia de construir um prédio que atingisse os 100 metros de altura. Foram mais de 600 operários atuando em um projeto que até causou polêmica com a Prefeitura na época. As histórias de terror, no entanto, começaram a ser contadas só anos depois, quando o prédio perdeu o glamour da elite paulistana que o rodeava, virou um cortiço onde a ilegalidade reinava e, finalmente, foi restaurado pela Prefeitura de São Paulo. Na época, em meados dos anos 1970, ossadas foram encontradas no poço do elevador, reforçando ainda mais a mística que o englobava. “É interessante essa história porque nasce como uma obsessão do Martinelli. Há uma atmosfera sobrenatural que transita um pouco nessa ideia de apego ao grandioso e, depois, aquilo tornar-se um lugar de consumo e prostituição. Cria-se uma ambivalência que é muito propícia para experimentar diferentes sensações lá dentro. Quando você sabe do passado, de mortes não solucionadas que ocorreram ali, há uma atmosfera para as lendas”, diz Thiago de Souza, 44, pesquisador e idealizador do projeto “O que te Assombra”, que percorre lugares mal-assombrados de São Paulo. No Vale do Anhangá Mas antes mesmo do Martinelli virar um dos icônicos edifícios de São Paulo, o Vale do Anhangabaú já tinha a sua própria história. Território tupi-guarani antes da colonização, ali era onde vivia Anhangá — um espírito protetor da floresta que pode assumir diversas formas. Para os povos originários, ele não era necessariamente maligno, mas para o processo de evangelização, a interpretação dessa mitologia foi outra. “Quando os padres jesuítas Manoel da Nóbrega e José de Anchieta chegaram, eles tentaram pegar personagens da mitologia local para ser mais efetivo no processo de evangelização. Eles elegeram Tupã como uma figura que se encaixaria no que seria o Deus todo-poderoso, e o seu antagonista — embora seja imprópria essa adaptação — era Anhangá. Então, Anhangá ganha esse signo maléfico de uma forma muito particular em São Paulo, que não tem em outros territórios guaranis”, explica Thiago. Anhangá era descrito como um ser que podia causar ilusões nas pessoas, fazendo com que elas fugissem da realidade e cometessem atrocidades. “Com isso, podemos criar hipóteses do porquê tanta coisa acontece ali”, opina Thiago. Quando o edifício é inaugurado, em 1929, pouco se falava sobre Anhangá, mas ele retorna a narrativa quando outros prédios do Vale começam a ser classificados como assombrados, como é o caso dos Correios ou do Teatro Municipal. De luxuoso hotel ao declínio Até então, o Martinelli era um ponto de encontro da elite paulista. Ele abrigou o luxuoso hotel São Bento, o Cine Rosário e até uma academia de dança. O declínio começa após o próprio Martinelli perder a fortuna com a quebra da Bolsa de Valores de Nova York em 1929. O prédio é vendido ao governo da Itália e, em 1943, é confiscado pelo governo brasileiro com a Segunda Guerra Mundial. Vazio, o prédio começa a ser ocupado irregularmente em 1950. E são histórias dessa época que deram base para as lendas urbanas contadas até hoje. “A mística do Martinelli começa depois que ele é ocupado. É uma ocupação com uma atmosfera violenta. Quando o prédio é desapropriado nos anos 1970, é justamente nessa época que começa a surgir os relatos”, explica Thiago. Edison Cabral, que trabalha no Martinelli há mais de 20 anos e hoje tornou-se pesquisador do edifício, conta que nessa época o prédio virou um cortiço e chegou a abrigar mais de 3 mil pessoas irregularmente. “Havia muitas brigas, discussões. Várias coisas aconteceram nesse prédio, então começaram a tirar a conclusão que ele era assombrado por isso.” Um dos assassinatos que rondam o prédio foi o do garoto Davilson Gelisek, 14, cujo corpo foi encontrado no Martinelli em 1947 com indícios de ter sofrido uma queda de grande altura. Anos mais tarde, quem perdeu a vida foi a jovem Neide, em 1965. Pouco se sabe sobra sua trajetória e tampouco o que teria causado sua morte. Em 1972, antes da restauração da Prefeitura, a população via mais uma morte no Martinelli, a da adolescente Rosa, que teria caído do prédio após passar a noite com um homem – cuja identidade nunca foi descoberta. Quando o edifício é retomado, ao final da década de 1970, entulhos de lixos diversos e ossadas humanas foram encontradas no fosso do elevador. As condições do prédio e seus crimes abriram portas para um ambiente propício às assombrações. “Essa questão da solução da morte aparece muito. É como se o fantasma precisasse aparecer para ser lembrado e ver se alguém pode resolver o crime dele. Antes, o fantasma não aparece tanto nas histórias porque tem toda a bagunça junto naquele cenário. Depois que encontraram as ossadas é que essas aparições começam a ser contadas. Elas estão ligadas muito à memória do lugar e não ao momento. É um choque da rotina com o passado”, opina Thiago. Os barulhos estranhos e as aparições começam a ganhar forma no cotidiano do edifício. Uma das principais que permeia o Martinelli é a presença da “Loira”, cuja identidade ninguém sabe ao certo dizer qual é. A história, segundo Cabral, rendeu algumas situações inusitadas no prédio. Havia funcionários que não queriam ficar até muito tarde porque tinham medo dela. Uma vez, um funcionário da limpeza estava trabalhando e de fato apareceu uma loira no local. Ele não pensou duas vezes e meteu a vassourada nela. Só que, no final, ela era apenas uma

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Quais foram as primeiras estruturas de engenharia de arranha-céus da história?

Os arranha-céus são maravilhas da Engenharia Moderna, mas suas raízes remontam a séculos atrás. Este artigo do Engenharia 360 explora as primeiras engenharia de arranha-céus que desafiaram os limites da altura e da inovação técnica, pavimentando o caminho para os gigantes de aço e vidro que dominam os horizontes urbanos hoje. Vamos mergulhar na história e entender como essas construções pioneiras surgiram, quais técnicas foram utilizadas e como elas influenciaram as gerações futuras de engenheiros e arquitetos. Introdução às primeiras estruturas de engenharia de arranha-céus Desenvolvimento de técnicas e materiais de construção Influência histórica e cultural dessas estruturas As Origens dos Arranha-céus Imagem gerada em IA Os arranha-céus, como conhecemos hoje, são o resultado de uma evolução contínua em design e engenharia. No entanto, as primeiras estruturas que buscaram alcançar o céu não eram feitas de aço, mas sim de pedra e tijolo. Estas construções eram símbolos de poder e prestígio, tanto para as civilizações antigas quanto para as cidades em crescimento durante a Revolução Industrial. PUBLICIDADE CONTINUE LENDO ABAIXO A Invenção do Elevador O desenvolvimento do elevador foi um marco crucial para a viabilidade da engenharia de arranha-céus. A invenção de Elisha Otis, que introduziu um sistema de segurança para elevadores, permitiu que as pessoas se movessem com facilidade entre andares altos, tornando prática a construção de edifícios cada vez mais altos. Avanços em Materiais de Construção Imagem gerada em IA A transição de estruturas de pedra para engenharia de arranha-céus de aço foi possível graças a inovações em materiais de construção. O aço, mais resistente e flexível que o ferro, permitiu que as estruturas suportassem mais peso e resistissem a forças como o vento. O Primeiro Arranha-céu O Home Insurance Building, construído em Chicago em 1885, é frequentemente considerado o primeiro arranha-céu do mundo. Com seus 10 andares de altura, foi o primeiro edifício a usar uma estrutura de aço para suportar seu peso. A Influência de Louis Sullivan Louis Sullivan, um arquiteto de Chicago, é conhecido como o “pai dos arranha-céus”. Seu trabalho enfatizou a importância de projetar edifícios altos que fossem tanto funcionais quanto esteticamente agradáveis, uma filosofia que ainda influencia o design de arranha-céus hoje. O Papel da Engenharia Civil Imagem gerada em IA A engenharia civil desempenhou um papel fundamental no desenvolvimento de engenharia de arranha-céus. Engenheiros encontraram maneiras de fundar edifícios em solos instáveis e desenvolveram técnicas para construir mais alto e mais rápido, sem comprometer a segurança. Arranha-céus e a Revolução Industrial A Revolução Industrial proporcionou a tecnologia e os recursos necessários para construir arranha-céus. A demanda por espaço comercial e residencial em áreas urbanas densamente povoadas impulsionou a construção vertical. Impacto Cultural dos Arranha-céus Imagem gerada em IA Os arranha-céus não são apenas feitos de concreto e aço; eles são símbolos de inovação, poder econômico e progresso. Eles transformaram a paisagem urbana e influenciaram a cultura popular, aparecendo em filmes, literatura e arte. Desafios e Soluções na Construção de Arranha-céus A construção de engenharia de arranha-céus apresenta desafios únicos, como a resistência ao vento, a segurança contra incêndios e a eficiência energética. Engenheiros e arquitetos continuam a desenvolver soluções inovadoras para esses problemas, garantindo que os arranha-céus sejam seguros e sustentáveis. PUBLICIDADE CONTINUE LENDO ABAIXO Legado e Futuro dos Arranha-céus Os arranha-céus do passado deixaram um legado duradouro que continua a inspirar a construção de edifícios cada vez mais altos e mais impressionantes. Com o avanço da tecnologia, o futuro dos arranha-céus promete ser ainda mais emocionante, com projetos que desafiam os limites da engenharia e do design. Perguntas Frequentes Qual foi o impacto da invenção do elevador na construção de engenharia de arranha-céus? A invenção do elevador foi fundamental, pois permitiu o transporte seguro e eficiente de pessoas e bens entre os andares, tornando viável a construção de edifícios muito altos. Como Louis Sullivan influenciou o design de arranha-céus? Louis Sullivan defendeu que a forma de um edifício deveria seguir sua função, uma abordagem que levou ao design mais eficiente e esteticamente agradável dos arranha-céus modernos. Quais são os desafios atuais na construção de arranha-céus? Os desafios atuais incluem a criação de estruturas que sejam sustentáveis, resistentes a desastres naturais e que integrem novas tecnologias para melhorar a qualidade de vida dos ocupantes. Feitos Notáveis e Curiosidades Os arranha-céus são mais do que simples edifícios; eles são testemunhos da engenhosidade humana e do desejo de alcançar o céu. Desde as primeiras estruturas de pedra até os modernos gigantes de aço e vidro, eles refletem as aspirações e realizações de suas épocas. E para uma curiosidade: você sabia que o Empire State Building foi construído em apenas 410 dias durante a Grande Depressão? Uma verdadeira proeza da engenharia e do trabalho humano, que ainda hoje nos inspira a alcançar novas alturas.

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Engenharia e Arquitetura Extraordinária: As 23 Construções Mais Exóticas do Planeta

Explorando diferentes horizontes e culturas, nos deparamos com construções que desafiam os padrões tradicionais da Engenharia e Arquitetura. São edifícios com formas únicas e inovadoras que surpreendem os olhos e desafiam a imaginação. De hotéis em forma de vela a museus com fachadas esculturais, essas obras-primas são exemplos notáveis da criatividade humana. Entre cores vibrantes, curvas inusitadas e estruturas aparentemente impossíveis, vamos desvendar juntos, neste texto do Engenharia 360, o fascinante mundo dessas construções extraordinárias.   Sheraton Huzhou Hot Spring Resort (China) Sua forma de anel e estrutura circular ao redor de um lago é uma solução arquitetônica incomum. Burj Al Arab (Emirados Árabes) Reconhecido como um dos hotéis mais luxuosos do mundo, sua forma de vela de barco e sua localização em uma ilha artificial o tornam único. Krywy Domek (Polônia) Também conhecido como “The Crooked House”, sua arquitetura com formas orgânicas e inclinadas é uma atração turística distintiva. Museu Guggenheim de Nova York e Espanha Projetados por Frank Gehry, esses museus possuem formas arquitetônicas esculturais e surpreendentes. Imagem reproduzida de Jean-Christophe BENOIST, via Wikipédia – https://pt.wikipedia.org/wiki/Museu_Solomon_R._Guggenheim#/media/Ficheiro:NYC_-_Guggenheim_Museum.jpg Arc en Ciel (França) Este edifício residencial se destaca por suas cores vibrantes e formas curvas, que proporcionam uma aparência única. Celeiro Balancing Barn (Inglaterra) Este celeiro suspenso possui uma parte que se estende para fora de um barranco, criando uma ilusão de levitação. Atomium (Bélgica) Sua estrutura representa átomos de ferro ampliados, simbolizando o otimismo na ciência e na tecnologia durante a década de 1950.   Takasugi-an (Japão) Uma pequena cabana de chá pendurada em pilares sobre um vale, uma solução arquitetônica ousada. Lotus Building (China) Inspirado na flor de lótus, este edifício tem uma forma única e elegante. Lotus Temple (Índia) Outro edifício inspirado na flor de lótus, proporcionando uma aparência exótica e espiritual. Casa Dançante (Tchéquia) Seu design escultural e assimétrico se assemelha a um casal dançando. Turning Torso (Suécia) Uma torre residencial com 90 graus de rotação, conferindo-lhe uma aparência distinta. Puerta de Europa (Espanha) Também conhecidas como Torres KIO, são duas torres inclinadas em direções opostas. Hundertwasserhaus (Áustria) Projetado pelo artista Friedensreich Hundertwasser, este edifício possui uma fachada irregular e características ecológicas. Museu Olho Niemeyer (Curitiba, Brasil) Possui uma arquitetura futurista e inovadora, com uma cúpula que lembra um olho. Museu da Arte Contemporânea (Niterói, Brasil) Sua forma de disco voador suspenso oferece uma vista panorâmica do Rio de Janeiro. Heydar Aliyev Cultural Center (Azerbaijão) Projeto ousado com formas fluidas e curvas suaves. Casa Milà (Espanha) Também conhecida como “La Pedrera”, possui um design modernista com fachadas ondulantes. The Hive (Singapura) Este edifício educacional tem um design incomum, com estruturas que se assemelham a favos de mel. Palácio de Artes Rainha Sofia (Espanha) Sua arquitetura moderna e elegante contrasta com a área histórica em torno dele. Museu do Amanhã (Rio de Janeiro, Brasil) Projetado por Santiago Calatrava, este museu possui uma forma futurista e sustentável. Longaberger Company (Ohio, EUA) Sua forma de cesta de piquenique gigante é uma solução arquitetônica peculiar para uma empresa de cestaria. Norddeutsche Landesbank (Alemanha) Conhecido como “Nord LB”, este prédio tem uma fachada externa de vidro em forma de grade. Essas construções são admiradas por sua originalidade, criatividade e impacto visual, atraindo turistas e entusiastas de arquitetura de todo o mundo. São exemplos de como a Engenharia e Arquitetura pode ir além do convencional, desafiando limites e criando obras notáveis que se tornam símbolos de suas cidades e países. Fonte: Engenharia 360

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Minha luta por inclusão e acessibilidade no condomínio onde moro: o que ocorre quando a moralidade se choca com a legalidade

A moral estabelece um conjunto de valores, princípios, crenças e regras que orientam as pessoas em relação ao que é certo ou errado, justo ou injusto, bom ou mau, ético e antiético, constituindo normas sociais de solidariedade e respeito pelos outros e pelo meio ambiente. No entanto, sua importância em relação às leis vigentes numa sociedade é relativa e pode depender do contexto específico em que se aplica. A acessibilidade está ligada à inclusão social daqueles com deficiência física, assim como o respeito à diversidade, incluindo raça, credo ou orientação sexual. Para garantir que esses direitos sejam protegidos e efetivados devemos botar fé na evolução sociocultural ou basta confiarmos na perspectiva legal, colocando crença na competência e sensibilidade dos legisladores? Para muitos a pergunta pode até parecer descabida, mas o assunto merece uma discussão mais abrangente. E é o que mostro a seguir a partir da minha experiência como cadeirante. QUANDO ME INTERESSEI POR COMPRAR UM APARTAMENTO, SABIA QUE SERIAM NECESSÁRIAS ALGUMAS ADAPTAÇÕES, MAS NADA PREOCUPANTE Em 2017, me interessei por um apartamento que era um sonho para mim. As áreas comuns não eram completamente acessíveis e, antes de seguir com a compra, ainda pensei: “Será que devo mesmo comprá-lo por conta disso?”.  O apartamento era passível de todas as adaptações necessárias e a localização, o tamanho e a vista eram tudo que eu sonhava para meu novo lar. A acessibilidade em algumas áreas comuns era um ponto de atenção, mesmo sendo coisas relativamente simples. Numa ocasião, ainda antes de fazer a compra, encontrei uma pessoa muito simpática na portaria, com quem conversei e me contou como era bom morar ali. Falou também das questões de acessibilidade, mas não mostrou grandes preocupações com o tema. Disse que seriam coisas fáceis de serem adaptadas e que isso seria uma obrigação do condomínio. Falou até da necessidade de conserto das calçadas Então, o que era uma preocupação deixou de ser e fui atrás da realização deste grande sonho. Até a vaga na garagem era perfeita para mim. Tudo conspirou a favor. DOIS SÍNDICOS CUMPRIRAM SEUS MANDATOS SEM QUE AS ADAPTAÇÕES NECESSÁRIAS FOSSEM FEITAS. UM DELES PREFERIU ME IGNORAR… Assim que comprei o apartamento, conversei com a síndica. Ela prontamente garantiu adaptações emergenciais que ajudaram muito, mas outros itens que precisariam de obras ficariam para depois, pois teriam que ser aprovados em assembleia. Mas segundo ela, não via grandes empecilhos. O assunto nunca entrou efetivamente na pauta de uma assembleia. Sempre que trazido à tona por algum morador, era dito que seria priorizado e colocado para ser avaliado no próximo encontro. Numa ocasião, dois anos depois de já estar morando no apartamento, cheguei a cair ao passar por um caminho que tem uma inclinação lateral mais acentuada que o normal. Fui auxiliado pela zeladora e por um vizinho e, ainda assim, continuei exercitando minha paciência na esperança de o prédio fazer tais melhorias  Terminou o mandato da síndica e as obras não foram feitas. Um novo síndico foi eleito e, na primeira conversa, ele se mostrou bastante interessado em deixar tudo acessível o quanto antes. Fiquei animado, mas alguns meses se passaram e nada foi feito. O mais curioso é que passei a ser ignorado por ele. Faltou moral, principalmente em honrar com a sua palavra ou até para dar uma resposta, mesmo que desfavorável. QUANDO UM MEMBRO DO CONSELHO RESOLVEU AGIR COM EMPATIA, AS COISAS COMEÇARAM A CAMINHAR Resolvi entrar em contato com um membro do conselho administrativo que me respondeu indignado com o que estava acontecendo. Mostrou moral. Mas será que honraria com o discurso? Honrou e logo as coisas começaram a andar, independentemente do sumiço do síndico. Fez com que o assunto fosse levado à prefeitura que, em seis meses, fez uma rampa na calçada em frente à portaria do prédio. O órgão público, que é sempre criticado pela sua morosidade, fez a sua parte antes mesmo de qualquer obra ser iniciada no condomínio  Mais alguns meses e iniciaram as obras para colocar uma rampa no lugar das escadas que davam acesso à piscina. A obra começou “rapidamente” (oito meses depois do meu último pleito — e quatro anos e meio depois do meu primeiro pleito) por conta da energia aplicada por este homem do bem e de boa vontade. Ele tomou as rédeas da situação, peitou a administração de modo que a obra fosse feita mesmo sem a aprovação em assembleia, por se tratar de uma questão de cunho legal, ou seja, por haver uma lei que obrigava os estabelecimentos públicos e privados a serem acessíveis. E eu, mesmo quatro anos e meio depois de ter comprado o apartamento, ainda exercia minha paciência e complacência, sem apelar para o uso de qualquer lei, pois não queria nenhuma rugosidade com meus vizinhos. Uma entidade privada, que poderia ser muito ágil, foi mais morosa que a prefeitura, que é inundada por burocracias e diversas outras prioridades. SÓ QUERIA PODER ENTRAR E SAIR DA PISCINA COM AUTONOMIA. E HAVIA UMA SOLUÇÃO PARA ISSO, QUE SERIA ÚTIL TAMBÉM PARA IDOSOS E GESTANTES Morosidades de lado, o chocante é que até hoje, oito meses depois do início das obras (dezesseis meses após o meu último pleito), a piscina não foi liberada para o uso, pois os corrimãos e grades de segurança não foram instalados. Ainda na época das minhas conversas com o proativo membro do conselho, falei sobre a existência de um equipamento, uma espécie de cadeira elevatória, que leva aqueles com restrição de locomoção da beira da piscina até dentro da água e os trazem de volta. Até consigo entrar na piscina sem maiores dificuldades. Simplesmente, me posiciono no lado mais fundo, coloco as duas rodas da frente bem próximas da borda e, lançando meu corpo para frente, dou uma espécie de mergulho. Na minha idade atual, isso ainda é possível, mas quando estiver mais velho, este movimento não será mais recomendável. O maior problema é sair da piscina. Para isso, preciso de ajuda de pelo menos duas pessoas para voltar à cadeira. Portanto, um equipamento elevatório seria ótimo. Não só para mim, mas também para idosos, por exemplo, ou mesmo gestantes, a fim de evitar qualquer risco de queda   Mandei várias referências de modelos nacionais e importados deste tipo de mecanismo, alguns fixos e outros móveis. No entanto, sua aquisição

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Saiba como diminuir os riscos de quedas dos idosos dentro do lar

Com a diminuição da taxa de natalidade, a população vai envelhecendo aos poucos e de acordo com estimativas elaboradas e divulgadas pelo IBGE, por volta do ano de 2050, haverá no Brasil, 73 idosos para cada 100 crianças. Essa alteração social é notória dentro dos lares, sendo muito comum ter o vovô ou a vovó necessitando de atenção e principalmente em alguns cuidados para evitar acidentes. No nosso dia a dia, acabamos sem perceber os riscos que existem dentro do nosso lar e que possam provocar quedas dos idosos. E, apenas após sofrer um acidente, que passamos a prestar atenção. Mas calma! Apresentar atitudes preventivas faz toda a diferença! Então, vamos identificar os riscos e as formas de prevenção? Em nossas casas temos móveis de diferentes alturas, tapetes na sala, cozinha e banheiros, e objetos soltos pelo chão, como é o caso de quando temos crianças em casa. Existem hoje muitos móveis planejados para que caiba tudo que se possui, como guarda roupas e armários de cozinha. Assim, há a necessidade de pegar um banquinho, uma cadeira, subir em outros móveis para alcançar as partes mais altas. Há também os lares que têm animais, como cachorros e gatos, que podem urinar no chão, virar a vasilha da água ou qualquer integrante da casa ter derramado algo no chão durante o preparo da comida, ou quando saiu do banheiro com os pés molhados, ou acabou de passar pano de chão e o piso está escorregadio. Muitas quedas acontecem no período da noite. Isso porque, geralmente, é o período do dia em que se fica mais sonolento, com a iluminação baixa do ambiente. Algumas pessoas tomam remédios para dormir, outras têm incontinência urinária e urgência em ir ao banheiro, podendo molhar o chão e aumentar as chances de cair. Viu só quanto risco e nós nem percebemos? Algumas sugestões simples que podem fazer a diferença: Tente guardar o que é usado diariamente em uma altura segura e o que se usa menos em locais mais altos. Troque os tapetes comuns por tapetes antiderrapantes, se não der para excluí-los totalmente. Separe um espaço específico para que a criança possa brincar e deixar objetos soltos. Separe um lugar, ou também uma rotina, para que seu amigo pet possa comer, beber, e urinar. Procure manter sempre o chão limpo e seco. Tente deixar pelo menos uma luz ligada a noite, para que transite em casa com segurança enxergando tudo! Um lar fora de riscos passa segurança e confiança não somente aos idosos mas para toda sua família, além de deixar o ambiente mais harmonioso. Aproveite bem cada cômodo! Emanuela Viana Fisioterapeuta e Pós graduanda em fisioterapia em gerontologia Instagram – fisioemanuelaviana

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RESPONSABILIDADE DO SÍNDICO EM SINISTROS

O síndico atua como representante legal do condomínio e possui atribuições específicas delimitadas no art. 1.348 do Código Civil Brasileiro. Dentre as suas competências, estão a de “representar, ativa e passivamente, o condomínio, praticando, em juízo ou fora dele, os atos necessários à defesa dos interesses comuns” e ‘’diligenciar a conservação e a guarda das partes comuns e zelar pela prestação dos serviços que interessem aos possuidores’’. Nesse sentido, a gerência condominial envolve tanto a representação dos interesses da coletividade, quanto preservação do patrimônio comum, ficando o síndico passível de ser responsabilizado por suas ações e omissões durante a vigência do seu mandato. O ambiente introduzido no condomínio edilício se mostra tendencioso a uma série de situações causadoras de dano e, como tal, faz recair o instituto da responsabilidade civil que deve ser analisado à luz das variadas relações jurídicas que se estabelecem naquela edificação. Neste sentido, no que concerne aos sinistros, é comum a postulação intentada por condôminos em face do condomínio com o objetivo de obter ressarcimento de eventuais danos causados em veículos no estacionamento, furto de automóveis ou de bicicletas, dentre outras situações similares. Nestes casos, a responsabilidade civil por danos ao patrimônio deve ser apurada de acordo com o nexo de causalidade entre o possível agente causador e a situação fática, conforme delineado nos artigos 186, 187 e 927 do Código Civil, podendo o condomínio ser responsabilizado ou não pela reparação do dano causado ao condômino, dependendo de como se sucederam os fatos no caso concreto em apreço e do que o condomínio disponibiliza em termos de segurança. No que concerne aos furtos de veículos ou danos causados, leciona Rui Stoco que os edifícios em condomínio não respondem, em regra, pois, ao estacionar seu veículo na vaga de garagem existente no prédio, o condômino, o morador ou o usuário não transfere a sua guarda à administração do condomínio, nem entre eles se estabelece um contrato de depósito. Complementa, ainda, que a obrigação da guarda só pode prevalecer se estiver expressamente prevista na Convenção ou no Regulamento Interno do condomínio ou se este mantiver guarda ou vigilante para o fim específico de zelar pela incolumidade dos veículos estacionados na garagem do prédio, hipótese em que a obrigação de indenizar já não mais será corolário de um contrato de depósito, mas em razão da obrigação do empregador em responder pelos atos culposos de seus prepostos. Com efeito, silente a Convenção Condominial acerca da responsabilidade decorrente de danos causados a veículos estacionados na garagem, não há que se falar em responsabilidade do condomínio por estes eventuais danos. Por outra vertente, se o condomínio possuir sistema de vigilância, assumindo a responsabilidade pela diligência, cuidado e guarda dos veículos e se, de alguma forma, restar comprovada falha neste sistema, consubstanciando sua culpa no evento, poderá responder pelos danos ocorridos. Nesse viés, outra situação recorrente em condomínio são os incêndios. Sendo certo que o sistema preventivo contra sinistros desta categoria inicia-se com um projeto que deve ser submetido à aprovação do Corpo de Bombeiros do Município para atestar que a edificação possui condições de segurança contra incêndio, o gestor que se mantiver inerte quanto às manutenções necessárias ou à inconformidade da instalação de equipamentos que não se encaixem nas normas, também poderá ser responsabilizado nas esferas civil e criminal pelos resultados provenientes de sua omissão no exercício do cargo de síndico. Não se pode olvidar que o Código Civil ainda dispõe no artigo 1.348 que compete ao administrador da edificação a contratação obrigatória de seguro. Ademais, é cediço que, em consonância com o direito civil brasileiro, o princípio geral da responsabilidade civil, em direito privado, repousa na culpa, exercendo ela um papel fundamental, ao estabelecer a culpa ou dolo o agente e destacando quem tem de fato e de direito o dever de indenizar. Dessa forma, analisa-se de forma apartada as responsabilidades do síndico e do condomínio, as quais podem, a princípio, serem confundidas, parecendo apenas uma. No que tange às responsabilidades pessoais do gestor elas estão ligadas ao descumprimento ou ilicitude das obrigações elencadas no art. 1348 do código civil, ao passo que as responsabilidades do condomínio podem decorrer de ação ou omissão do síndico, enquanto seu representante legal, no exercício regular das atribuições, nos quais não estejam presentes quaisquer elementos de responsabilidade direta de guarda do síndico. Nesta senda, a responsabilidade do síndico decorrerá quando houver excesso ou ilicitude da conduta no exercício normal do múnus que lhe fora atribuído. Salienta-se que a responsabilidade civil decorrente de erros na gestão, inicialmente, relaciona-se com o condomínio, mas pode atingir o síndico pessoalmente quando resultar do abuso ao exercício do direito ou em decorrência de ato ilícito. Neste liame, se o síndico é detentor do dever-poder de diligenciar e fazer a guarda das áreas comuns, responderá ele por questões específicas as quais um cidadão comum não síndico não responderia. O ponto fulcral é analisar, no caso prático, se o gestor agiu dentro de suas atribuições ou se houve excesso no exercício de suas funções. É a partir daí que se delimita até onde responderá o administrador. Isto posto, chega-se à inafastável conclusão que uma gestão segura, preventiva e de excelência começa no momento de escolha e eleição do potencial síndico em assembleia, levando em consideração fatores relevantes, como o comprometimento, responsabilidade e transparência que determinarão o futuro daquela comunidade. STOCCO, Rui. Responsabilidade civil e sua interpretação jurisprudencial. São Paulo: Revista dos Tribunais. p. 358 Mariana Ferrer Assessoria Jurídica da BBAdv http://brasilbrasilcob.com.br/ Os contatos são: (85) 3268-1601 (85) 98685-9620

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Crise de pânico no condomínio. Como ajudar?

Normalmente muitas pessoas circulam dentro de um condomínio, além dos moradores e seus próprios funcionários, também acessam: os seus visitantes, prestadores de serviços e funcionários do condomínio. Sabemos que no mundo moderno ninguém está imune ao estresse causado pelas demandas do dia a dia, por isso é tão importante se manter atualizado e preparar a equipe para qualquer intercorrência. Atualmente nos deparamos com muitas notícias sobre pessoas que “de repente” apresentam alguma crise nervosa e que em muitos casos são reconhecidas como uma Crise de Pânico. Mais o que é? E como podemos ajudar? Primeiro vamos conhecer um pouco mais sobre esse estado e como ele se desenvolve. O episódio de uma crise de pânico é o grau máximo da ansiedade, crise de desespero e medo intenso com sintomas como: taquicardia, sudorese, falta de ar, dentre outros. Todo pico de ansiedade se autorregula naturalmente por si só, mas a pessoa em crise de pânico, não consegue acreditar que isso vai acontecer. Sintomas: Respiração curta, sensação de sufocamento, tontura, palpitações ou taquicardia, medo de morrer, tremor, náuseas, desconforto toráxico. Ataques de pânico são diferentes de transtorno de pânico, que precisa ser recorrente e requer tratamento. Uma crise não determina que outras possam ocorrer. EQUILIBRIO EMOCIONAL A crise de pânico ocorre sem avisar e pode ser assustadora. É importante que aquele que for ajudar ou esteja próximo, mantenha a calma. Os sintomas geralmente atingem seu pico de intensidade em poucos minutos, por isso, é importante que as pessoas ajam rapidamente para ajudar a aliviar os sintomas. Se a pessoa morar sozinha, é importante entrar em contato com algum parente próximo (manter o cadastro de moradores atualizado) e não deixar a pessoa sozinho (a) até sua chegada. Nos condomínios, pode ocorrer em ambientes fechados, como elevadores, então é necessário se manter próximo da porta como se estivesse vendo a pessoa do outr AFIRMAÇÕES POSITIVAS Saber o que conversar. Antes de qualquer coisa, quando perceber algo diferente, perguntar se ele (a) precisa de ajuda caso não tenha solicitado. Não presuma, mas se mantenha por perto. O que a pessoa diz em resposta a alguém que está sofrendo uma crise de pãnico é tão importante quanto o que ela faz. Afirmação positiva é diferente de frases positivas de efeito e motivacionais, essas não recomendo. A conversa pode distrair a pessoa e melhorar a sua respiração. Mas o que DIZER? Você vai ficar bem; procure não fazer julgamentos, diga que está ali para ajudá[1]lo (a) e não sairá de perto; mantenha uma conversa amigável; procure identificar a origem (medo); faça perguntas: ex. você estava indo para onde? (perguntas tiram o foco do problema); se possível, sente-se com a pessoa; promova o exercício de respiração profunda pelo menos 3 vezes; mostre objetos no local pergunte qual o dia da semana, data. IMPORTANTE Tenha empatia – algumas pessoas podem se sentir envergonhadas por nunca terem passado por isso, além de ser algo que envolve um nível de estresse. Quanto menos pessoas estiverem no local, melhor. Ninguém nesse estado quer plateia. Reforce que é importante pedir ajuda e apoio de um profissional.   Andrea Soares Gestora de Empreendimentos e Psicoterapeuta Instagram – andreasoares.psicoterapeuta

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JÁ É CARNAVAL E como está sua Saúde Mental?

Nessa época do ano, com o verão e muitas festas e férias, as pessoas viajam para conhecer outras cidades. Momento de alegria para alguns, e de preocupação para outros. Nos bastidores dos condomínios, a preocupação aumenta e a atenção é redobrada com visitantes, acessos e alguns comportamentos indesejáveis. Apresentar um planejamento de caráter preventivo faz toda a diferença, ter uma equipe preparada é fundamental, porém, devemos lembrar que antes de aplicar qualquer técnica e planejamento, é imprescindível cuidar da gestão emocional e saúde mental de todos. Para exemplificar, os porteiros passam por diversas situações estressantes. Muitos conhecem os procedimentos (técnica) para aplicar em casos extremos, porém, de acordo com informações, não conseguem detalhar algumas ocorrências diante do seu estado emocional e psicológico abalados. Para cuidar do outro, primeiro cuide de você. Uma dica para isso: SE FORTALEÇA! Para se fortalecer você vai precisar sair um pouco do ambiente e colocar em prática momentos saudáveis, ter um tempo para fazer o que lhe proporciona uma sensação de bem estar. Essa atitude pode te apresentar insight de como se fortalecer e ajudar a equipe, inserir métodos eficazes de acordo com a realidade e como aplicá-los ao seu dia a dia. Algumas sugestões podem contribuir, como: promover encontros fora do ambiente de trabalho, em dias alternados para que todos possam participar. Alguns condomínios são menores ou mais estruturados, então é possível ajustar as escalas de trabalho de acordo com as necessidades, inclusive nesse período. Ao invés de marcar uma reunião, marque um café da manhã e estimule as competências e habilidades de cada um, através do feedforward incentive aspectos positivos para o futuro, mas lembre-se que nada substitui o “estamos juntos”, “estou aqui para tornar seu trabalho mais leve e eficaz”. Aprender a gerir o estado Emocional e promover a Saúde Mental deve ser prioridade. Um líder com Saúde Mental e estado Emocional equilibrados passa segurança e confiança para sua equipe, além de inspirá-los dentro e fora do ambiente de trabalho, impactando significativamente em suas ações. Aproveite o Carnaval e cuide de você!   Andrea Soares Gestora de Empreendimentos e Psicoterapeuta Instagram – andreasoares.psicoterapeuta

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Importância da Adequação aos Bombeiros

Temos percebido uma elevação no número de ocorrências no que diz respeito ao perigo com fogo. Sejam início de incêndio ou incêndio de grandes proporções em estabelecimentos comerciais e, especialmente, em condomínios em Fortaleza. Notamos um aumento da demanda por projetos e obras de adequação nos condomínios, podemos dizer que a comunidade condominial está preocupada com a segurança da sua moradia, mas isso também é o efeito de notificações que começaram a ser entregues aos condomínios em Fortaleza. Seja por não ter o Certificado de Conformidade (Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros- AVCB) ou estar com o documento vencido. Importante que se tenha em mente que o fato de possuir o Certificado de Conformidade do CBMCE não exime o sistema de passar por manutenções rotineiras com o objetivo de manter os equipamentos funcionais para no caso de sinistro a edificação esteja devidamente preparada para executar o primeiro combate ao incêndio. O Sistema contra Incêndio pode contar com extintores, hidrantes, mangueiras, sprinklers, central de alarme, etc. Então é necessário a presença de uma empresa especializada para fornecer a correta instalação e manutenção desses sistemas. Mantendo o sistema operante conseguimos minimizar os danos num eventual incêndio. Há também a Brigada de Incêndio, que nada mais é do que um grupo organizado de pessoas, preferencialmente voluntárias ou indicadas, treinadas e capacitadas para atuar na prevenção, abandono da edificação, combate a um princípio de incêndio e prestar os primeiros socorros, dentro de uma área preestabelecida. No momento do sinistro o estado emocional das pessoas pode ser comprometedor e quanto mais informações sobre como agir ou a forma de utilizar os equipamentos que auxiliarão no combate, certamente poderá minimizar os prejuízos e principalmente a preservação de vidas. A Portaria nº. 006/2004 do Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Ceará normatiza e disciplina as brigadas de incêndio no Ceará de acordo com o tipo de empreendimento, o que não inclui a obrigatoriedade para Edificações Residenciais, no entanto, altamente recomendável é possuir informações e procedimentos adequados para os condomínios, com um grupo de moradores e funcionários treinados para possíveis sinistros. O que podemos salientar é que conhecimento e prevenção só se sabe o seu devido valor no momento de alguma necessidade. Autor: Jaziel Fernandes Engenheiro Civil- UNIFOR Engenheiro de Segurança- UNIATENEU Instagram – @jaziel_plenusengenharia Contato – (85) 9 9649-1998 Síntese Profissional: Estágio/Auxiliar de Engenharia/ Engenheiro Civil – GRUPO EXATA_POLLUX Atuante na área de Engenharia Diagnóstica desde 2016; Diretor Técnico da Plenus Engenharia; Responsável por Laudos de Vistoria Técnica em Fortaleza e Região Metropolitana de Fortaleza; Facilitador nas Turmas de Formação de Síndico Profissional nas disciplinas: Inspeção Predial, Ferramentas da Manutenção, Gestão de Reformas; Palestras sobre Inspeção na UNIFANOR e UNINASSAU (Semana da Engenharia); Prestador de serviços na área condominial; Atuante na área de Projeto contra Incêndio;

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Como motivar colaboradores da área condominial através da psicologia

O sucesso de um síndico e de toda gestão têm a participação de uma equipe, a qual necessita de acompanhamento constante sobre o nível de satisfação com as funções desempenhadas e o que poderá ser ajustado sem prejuízos para nenhuma das partes, tanto colaborador como condomínio. É notório que há no ramo condominial grande rotatividade das pessoas envolvidas nas funções, onde a pressão é constante e o contato com diversas pessoas onde cada uma pensa de uma forma e possuem comportamentos distintos, pode gerar a insatisfação. Apesar da desmotivação de funcionários do condomínio ser uma situação rotineira, as pessoas envolvidas na gestão podem nem saber por onde começar ou adotar medidas eficientes e que trará soluções. Os funcionários do seu condomínio parecem desmotivados para você? Se não parou para pensar no assunto, talvez as seguintes situações sejam indicadores de que sua equipe não está feliz. Estagnação: os profissionais não procuram se aprimorar em suas funções; Improdutividade e ineficiência: eles cometem erros contínuos e em alguns casos, não respeitam os procedimentos de segurança estabelecidos no condomínio. Antipáticos: por vezes, atendem os condôminos com grosseria, gerando reclamações para você. Se você se identificou com algum dos tópicos acima, deve estar se perguntando qual é o caminho correto para resolução desse problema, certo? Eu tenho certeza que a primeira solução que lhe surge nesse momento pode ser a demissão deste funcionário desmotivado por não estar cumprindo com suas obrigações. Apesar de parecer lógico, esta não é a melhor ideia, pois o ciclo de insatisfação poderá continuar e quanto maior o número de rotatividade dos profissionais, maior os riscos em que os empreendimentos também são expostos. Então, como motivar os funcionários do condomínio? A famosa hierarquia de necessidades de Maslow, proposta pelo psicólogo americano Abraham H. Maslow, baseia-se na idéia de que cada ser humano esforça-se muito para satisfazer suas necessidades pessoais e profissionais. É um esquema que apresenta uma divisão hierárquica em que as necessidades consideradas de nível mais baixo devem ser satisfeitas antes das necessidades de nível mais alto. Segundo esta teoria, cada indivíduo tem de realizar uma “escalada” hierárquica de necessidades para atingir a sua plena auto-realização. Ao criar um ambiente que possa suprir essas necessidades, o funcionário do condomínio se sentirá motivado e isso influenciará seu desempenho. Por isso, seguindo o passo a passo das técnicas de psicologia, pode-se extrair o melhor da sua equipe implementando e até mesmo mostrar as pessoas que auxiliarão na efetiva execução das providências a serem tomadas. 1 – Necessidades Biológicas: O Funcionário do Condomínio precisa do básico para trabalhar! As necessidades biológicas da Pirâmide de Maslow são os requisitos básicos para garantir a sobrevivência de alguém, tal como comer, dormir, respirar ou ter abrigo. A verdade é que caso essas necessidades não sejam atendidas, o indivíduo não quer nem saber dos próximos níveis da pirâmide. Parece desnecessário dizer que um trabalho não deve ir além da capacidade física do profissional certo? Mesmo assim ainda vemos por aí: Porteiros cuja jornada de trabalho é exaustiva e cheia de horas extras. Assistentes de serviços gerais cuidando sozinhos de áreas muito maiores do que podem lidar. Acúmulo de funções; zeladores que são porteiros ou folguistas, porteiros que varrem o hall do condomínio. A infraestrutura fornecida para exercício da função dos profissionais de condomínio também está relacionada às suas necessidades fisiológicas. Sua equipe possui um ambiente para refeições? As cabines e áreas fechadas são devidamente refrigeradas? Os profissionais têm acesso fácil a banheiros? 2 – Necessidades de Segurança: Mostre aos funcionários que o condomínio pode protegê-los Esse nível da pirâmide engloba a sensação de proteção e garantia de soluções em situações que não dependem apenas do indivíduo. Para começar, os salários e demais obrigações são pagas em dia de forma rigorosa? Os profissionais, assim como você, têm contas com suas respectivas datas de vencimento e estão preparados para quitá-las de acordo com a data de recebimento. Atrasos no salário causam a sensação de insegurança. 3 – Necessidades Sociais: Faça com que os funcionários do condomínio se sintam parte de algo Esse nível da pirâmide está relacionado às relações sociais que o profissional do condomínio cria em seu ambiente de trabalho. O fato de existir um relacionamento positivo construído entre o profissional e o resto de sua equipe e com os condôminos provoca a sensação de pertencimento ao local. Vamos lá, você enxerga o porteiro do seu condomínio como uma pessoa de confiança ou apenas como um funcionário? Estimule os moradores a cumprimentarem os colaboradores, serem gentis e cordiais; Esses profissionais podem sugerir dicas valiosas nas soluções dos problemas, portanto “ouvi-los” além de auxiliar na sua satisfação, ajudará na gestão; Integração entre os profissionaisque trabalham em seu condomínio; Confraternizações entre os profissionais em datas comemorativas ou aniversário; Confraternização fora do ambiente de trabalho que ajuda a criar laços entre os funcionários; Abra um canal de comunicação com os funcionários, seja um e mail específico ou um grupo no Whatsapp. Deixe que opinem, mostre que eles têm voz e que serão escutados.Estimule todos a darem feedbacks. Logo, deve criar uma cultura forte entre sua equipe. Eles não são apenas funcionários, eles são um time que juntos, ajudam a garantir o bom funcionamento do condomínio. 4. Necessidades de Auto Estima: Faça com que os funcionários se sintam valorizados! Está relacionada ao quão bem o indivíduo se sente com ele mesmo devido ao reconhecimento de um bom trabalho, não apenas financeiramente como também profissionalmente. É essencial que você dê feedback sobre o trabalho do profissional do condomínio. Quando um colaborador comete um erro você deve mostrá-lo que o mesmo deve ser corrigido e isso, todo mundo faz. O que não é tão comum são os elogios. Bom, você deve estar pensando: “Mas ele não faz mais do que sua obrigação, certo? Ele está fazendo um bom trabalho e eu não preciso repetir isso o tempo todo. Errado. Quando um profissional tem um bom desempenho, você deve reconhecer e verbalizar que isto é uma conquista. Isso o deixará cada vez mais motivado a prestar um serviço excelente. 5. Necessidades de Autorrealização: Contribua com o crescimento

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