INCÊNDIOS OCASIONADOS POR ACIDENTES DOMÉSTICOS

Os riscos de incêndios em residências é um mal que diariamente todas as pessoas estão expostas. Essas ocorrências têm se materializado em noticiários com certa frequência em diversas cidades brasileiras, sendo ocasionados por falta de informações, prevenções e comportamentais.

Nos condomínios além dos prejuízos ocasionados à própria moradia, são várias residências concentradas em um mesmo local e que podem ser afetadas por descuidos de terceiros.

Entender o que causa esses incêndios e maneiras de como preveni-los é fundamental pois, além de danos materiais, o fogo representa um risco à vida. Veja a seguir as causas mais comuns de incêndios na rede elétrica:

Curto-circuito

Um curto-circuito ocorre quando dois ou mais elementos do circuito elétrico são conectados acidentalmente, provocando repentinamente uma passagem de corrente elétrica muito elevada, superaquecendo os condutores e produzindo reações violentas como faísca e estalos, que caso não sejam contidos rapidamente pelo sistema de proteção da rede, podem gerar um princípio de incêndio.

Sendo boa parte dos curtos que ocorrem no Brasil são causados por instalações elétricas precárias e incorretas, as famosas gambiarras. É imprescindível contratar um profissional qualificado para dimensionar um projeto elétrico seguro e eficaz.

Outra sugestão é, em momentos de temporais, retirar os principais eletrônicos da tomada. Isso porque nessas situações o risco de um curto é ainda maior.

Sobrecarga do sistema

Uma sobrecarga acontece quando há excesso de aparelhos elétricos ligados em uma mesma tomada através da utilização de benjamins (famosos “T”s) ou extensões, podendo exceder o limite máximo de potência que a tomada é capaz de fornecer. Podendo assim causar um superaquecimento dos equipamentos e até derretimento do material no qual este é revestido, o que pode culminar em um incêndio.

Ter boas práticas ao ligar aparelhos eletrodomésticos é fundamental, evitar o uso de aparelhos que consomem muita potência em uma mesma tomada, como também evitar usar muitas extensões e T’s é imprescindível para evitar possíveis acidentes.

Degradação dos materiais elétricos

Com o passar dos anos ocorre um processo de deterioração dos materiais do sistema elétrico, seja pela oxidação, e corrosão dos fios, disjuntores e fusíveis degradados, até por conta de roedores que mordem os fios deixando-os desencapados. Por essa razão acidentes e falhas são mais comuns em instalações elétricas mais antigas.

É indispensável então revisões periódicas nas instalações elétricas, principalmente se o seu imóvel tem mais de 20 anos de uso. Pode ser necessário substituir os materiais ou até um novo dimensionamento da planta elétrica, atualizando-a para o novo consumo da instalação, que pode ter aumentado com o uso de ar-condicionados, por exemplo.

Mal uso de aparelhos elétricos

Falhas elétricas em todas as residências estão suscetíveis a ocorrer, porém uma boa forma de prevenir acidentes e possíveis incêndios é evitar a aproximação de alguns aparelhos elétricos e materiais inflamáveis.  Como por exemplo:

Evitar ligar aquecedores e churrasqueiras elétricas próximas de sofás, cortinas, tapetes e estofados em geral;

Evitar de deixar celulares carregando sobre sofás e camas;

Não passar extensões embaixo de tapetes e em ambientes com água;

Não deixar chapinhas de cabelo, ferros de passar e outros acessórios que retêm muito calor ligados por muito tempo na tomada, e nem próximos de colchões e estofados.

Substâncias Inflamáveis

As substâncias inflamáveis configuram um dos grandes riscos de incêndio em casa. Isso porque mesmo em vidros fechados, podem liberar gases que se espalham até uma fonte de combustão mais próxima, como um fósforo riscado, uso de isqueiro ou o próprio fogão.

Por este motivo, é fundamental observar onde estão acondicionados estes vasilhames, e afastar de qualquer um destes pontos que podem ser cruciais para o início do problema. No momento de utilização destas substâncias, todo o cuidado também deve ser dobrado!

Isso porque líquidos inflamáveis que não forem compatíveis, podem gerar faíscas ao entrar em contato uns com os outros. Portanto, deixar longe de crianças ou de qualquer pessoa que possa fazer mau uso também é uma dica bem importante.

Lembrando que aerossóis como desodorantes ou odorizadores de ambientes também são altamente inflamáveis e por isso devem ser guardados longe do alcance das crianças.

Chamas

Chamas acesas também são outro fator preocupante. Isso porque querendo ou não, elas estão presentes dentro das residências e não há muito como fugir disso. Por isso, a melhor maneira de prevenir um acidente, é com o cuidado e atenção.

Por isso, lembre-se de observar sempre quando há uma vela ou incenso acesos, e jamais saia de casa enquanto houver uma chama. Mesmo que o objeto esteja bem colocado em um recipiente próprio para tal, pode acontecer de cair alguma coisa em cima ou mesmo o vento soprar a cortina e assim iniciar um foco de incêndio.

Gás de Cozinha

O gás que a maioria dos brasileiros utiliza em casa é altamente inflamável. Por este motivo, a recomendação é que o botijão seja sempre instalado fora do ambiente, a fim de prevenir qualquer tipo de vazamento que poderia gerar uma explosão. Para os empreendimentos em que o gás é tubulado e composto por uma Central de Gás, dentro dos imóveis é necessário um dispositivo que bloqueie o abastecimento interno;

É válido lembrar que, neste caso, o incêndio poderia começar até mesmo com a eletricidade que, junto com o gás liberado, também pode gerar combustões. Portanto, busque sempre manter o botijão longe de qualquer corrente elétrica, e verifique bem se a instalação foi bem feita e se os itens que compõem o sistema estão dentro das Normas Técnicas e prazos de validades.

Lembrando que se houver vazamento, o simples fato de ligar uma lâmpada já pode ser motivo para o risco de incêndio em casa começar.

Fogão e o Risco de Incêndio em Casa

Como você pode imaginar, fornos e fogões também são mais um grande risco de acidentes domésticos com fogo. Não somente pelo fato do fogo em si, que pode se alastrar caso encoste em algum pano de prato, cortina ou toalha de mesa, por exemplo, mas também pelo esquecimento.

Dizemos isso porque são muitos os casos onde panelas e chaleiras esquecidas no fogão tornam-se o foco principal de incêndios. Por este motivo, prestar bem atenção e não abandonar estes itens no fogo é primordial para a segurança em casa.

Além disso, outro fator preocupante neste sentido é o óleo quente. Ao atingir certa temperatura, o óleo pode criar chamas, que se alastram com muita facilidade. A panela de pressão também é um item explosivo que jamais pode ser esquecido.

12 Dicas de como evitar esses riscos

  1. Não deixe tapetes, cortinas e cobertas perto de locais com eletricidade. Caso aconteça um curto circuito, não poderá haver para onde o fogo se alastrar.
  2. Evite velas acesas em um ambiente que você não esteja, ou afastados da sua visão, e jamais saia de casa nessas condições. Observe se não há nenhum inflamável perto do objeto antes de acendê-lo.
  3. Cinzeiros com cigarros mal apagados também podem ser uma fonte de risco. Cuide para apagá-los completamente e aconselhe suas visitas a fazerem o mesmo.
  4. Não se distraia enquanto está na cozinha preparando algum alimento no forno ou fogão a gás. É muito importante estar sempre de olho para evitar qualquer problema nesse sentido.
  5. Sempre que possível, mantenha o botijão de gás fora da casa. Dessa forma, em caso de vazamentos, o risco de incêndio em casa é menor.
  6. Jamais deixe o ferro de passar roupa ou outros utensílios domésticos ligados por muito tempo, e nem mesmo saia de casa nessas condições. Lembre-se de observar se o aparelho foi desligado corretamente.
  7. O forno microondas também envolve riscos. Lembre-se de orientar crianças ou pessoas que não estejam acostumadas dos materiais que podem e que não podem utilizar.
  8. Jamais mantenha papéis, tecidos ou inflamáveis perto de estufas, junkers, ou qualquer tipo de aquecedor.
  9. Não utilize mais de um T na mesma tomada, e nem mesmo esqueça utensílios elétricos ligados por muito tempo quando não forem feitos para tal. Cuide para não ligar muitos itens na mesma tomada.
  10. Não mexa em coisas que não tem conhecimento. Se for preciso instalar um chuveiro elétrico e você não tiver conhecimento para tal, não hesite em chamar um especialista. O valor cobrado é irrisório perto do risco de um acidente doméstico.
  11. Mantenha extintores de incêndio dentro da validade em sua residência ou no carro. Saiba como utilizá-los (muito importante, pois um extintor mal utilizado pode piorar o incêndio!).
  12. Procure manter a rede elétrica da sua casa sempre em bom estado. É fundamental que você esteja seguro de que todos os fios estejam encapados e livres do risco de curtos-circuitos repentinos.

 

Fontes – https://3euel.com/ e https://www.prometalepis.com.br/

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Morador deverá pagar R$ 5 mil por danos morais a síndico de condomínio em Porto Alegre. Para especialista, moradores podem até ser retirados de grupos caso não se portem de maneira adequada. Um homem foi condenado a pagar R$ 5 mil ao síndico do condomínio onde mora por mandar um áudio aos vizinhos dizendo que o administrador teria ficado com o dinheiro do conjunto habitacional. O caso ocorreu em Porto Alegre e foi julgado no final de junho pelo Tribunal de Justiça (TJ). O morador enviou o áudio no grupo com vizinhos de 20 apartamentos em um aplicativo de mensagens. Segundo o TJ, o homem afirmou que o síndico estaria se apropriando de valores do condomínio. O administrador ficou sabendo do áudio, mesmo não residindo no prédio no qual viviam os outros integrantes do grupo. A desembargadora Fabiana Azevedo da Cunha Barth considerou que o envio do áudio configurou uma afronta à honra do síndico, que teve sua honestidade questionada pelo morador. “A manifestação do demandado (condômino) longe ficou de representar mero desabafo ou forma de manifestação de insatisfação com a falta de esclarecimentos pelo síndico sobre questões condominiais em comum”, disse. Para a relatora do caso, o envio do áudio não pode ser classificado como uma conduta privada e que que o réu assumiu os riscos ao encaminhar a mensagem em um grupo. Ao g1, o advogado Rodrigo Marques Cesar, que representou o síndico no processo, destacou que a disseminação de informações infundadas pode ter consequências para a reputação das pessoas envolvidas. “Esta decisão serve como um importante precedente para reforçar a necessidade de responsabilidade nas comunicações, mesmo em ambientes considerados relativamente privados, e a importância de se respeitar a dignidade e os direitos de personalidade de todos os indivíduos”, afirmou. O caso foi analisado pela 6ª Câmara Cível do TJ após julgamento em primeira instância. Os três desembargadores que integram o grupo foram unânimes em condenar o morador. Moradores podem ser retirados de grupos Para Marcio Rachkorsky, advogado especialista em condomínios e comentarista da rádio CBN do Grupo Globo, os grupos de vizinhos devem ser usados com cuidado. “O que a gente recomenda nos grupos é muita moderação, muita cautela. Falar de assuntos técnicos, falar de assuntos de interesse coletivo sem fazer juízo de valor, sem fazer nenhum tipo de acusação pessoal, nenhum tipo de ilação, nenhuma brincadeira que possa ofender os outros. Usar o grupo para que ele serve, que é para melhorar a vizinhança, para questão de transparência”, falou. Rachkorsky ainda ressaltou que as pessoas ofendidas nesses contextos têm diversas ferramentas de proteção. Moradores que não se comportam de maneira adequada podem ser retirados de grupos. “O administrador do grupo pode advertir a pessoa e depois excluir a pessoa do grupo. Mesmo ele sendo morador, se ele não se porta bem, não cumpre as etiquetas do grupo, ele pode ser excluído do grupo”, explicou Além das reparações na esfera cível, como foi no caso de Porto Alegre, ofensas em grupos de mensagens podem acabar em casos criminais, alertou o especialista. Dependendo da mensagem, o autor pode ser enquadrado em crimes como injúria, calúnia, difamação ou até cyberbullying. FONTE: G1

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